A ligação entre o American Pit Bull Terrier e o American Staffordshire Terrier e uma breve e sucinta explicação sobre o “cruzamento” entre cães de “duplo registro” (UKC / AKC) antes da proibição das brigas de cães nos Estados Unidos.
As chamadas linhas de sangue “modernas”.
Antes de iniciar ao assunto deste artigo, é necessária uma introdução sobre a origem da raça American Staffordshire Terrier.
No final dos anos 1800 com a revolução industrial, milhares de famílias migraram das áreas rurais para grandes centros industriais em busca de emprego.
Algumas dessas famílias tinham como forma de renda “extra” e tradição, vender e apostar em cães de briga, o conhecido “Pit Bull”, quando viram a oportunidade de um futuro melhor nas grandes cidades começaram a se mudar e levaram seus cães com eles, mudando drasticamente de um habitat onde se desenvolveram completamente, para pequenos espaços em apartamentos e outras opções baratas onde ficavam confinados a maior parte do tempo, sem praticar exercícios e perdendo o hábito, o que aliado a uma seleção para cães menores, causava um redução visível na estrutura muscular e óssea.
Ao não registrar cães de luta, mas cedendo à pressão comercial em torno da raça American Pit Bull Terrier, em 1936 o AKC (American Kennel Club), o maior e mais antigo clube de cães dos Estados Unidos, reconheceu cerca de cinquenta (50) American Pit Bull Terriers, batizando-os de “Staffordshire Terrier”, após tentativa sem sucesso de registrar sob o nome “American Bull Terrier”, retirando a palavra “Pit” e desassociando a palavra que se refere à luta de cães, no entanto, criadores de Bull Terrier ingleses por medo da reputação dos cães APBT não permitiu o uso de um nome semelhante.
Em 1898, o Pit Bull Terrier foi registrado pelo United Kennel Club (UKC) como American Pit Bull Terrier. Na época, o UKC registrava apenas American Pit Bull Terriers, mas hoje também registra muitas outras raças. Em 1913, a American Dog Breeders Association (ADBA) foi fundada e continua até hoje registrando apenas American Pit Bull Terriers. Em 1936, após os esforços determinados de Bill Brandon, o American Kennel Club (AKC) reconheceu o Pit Bull Terrier sob o nome de Staffordshire Terrier. Por um período de vários anos, o Staffordshire Club of America, principalmente através de Bill Brandon, considerou a aplicação de Pit Bull Terriers para registro como Staffordshire Terriers. Portanto, todos os cães originais registrados no AKC eram de estoque UKC. Além disso, por um tempo durante a década de 1950 e início de 1960. Um American Pit Bull Terrier listado podia ser exibidos em shows do AKC como Staffordshire Terriers e receber o status de campeão. No entanto, esses cães não podiam ser reproduzidos com o Staffordshire Terrier, até 18 de Fevereiro de 1960, quando o AKC mudou as regras, e a mudança de regra durou três anos. Um American Pit Bull Terrier listado que tinha um cão AKC nas primeiras três gerações e que teve uma vitória de show AKC de 3 pontos podia ser cruzado com um Staffordshire Terrier AKC registrado e a ninhada registrada com o AKC. No entanto, o proprietário do cão AKC tinha que fazer uma petição ao AKC não antes de 60 dias ou depois de 3 semanas antes do cruzamento dos cães. Ambos os proprietários tinham que se certificar da criação e a ninhada resultante devia ser submetida ao AKC no prazo máximo de 60 dias a partir da data do parto.
Alguns criadores históricos de Pit Bull da época encontraram uma forma de lucrar vendendo seus cães com o nome de “Staffordshire Terrier”, que tinha um maior apelo comercial devido à dissociação da palavra “Pit” e ao reconhecimento da raça pelo AKC. No entanto, é de conhecimento geral que muitos cães desse curto período de tempo (1950–1960) eram na verdade cães de combate, logo após foram iniciados os processos e solicitações de leis para a criminalização e proibição de lutas de cães, que foram publicadas oficialmente pela americana governo no início dos anos 1970.
Em janeiro de 1972, o nome foi mudado para American Staffordshire Terrier, isso porque AKC começou a planejar o reconhecimento do Staffbull inglês que aconteceu em 1975.
Lucenay’s Pete, um dos cinquenta (50) cães Pit Bull registrados no AKC, foi o mascote da famosa série de TV “The Little Rascals” na década de 1930, que ficou conhecida também no Brasil décadas depois como “Os Batutinhas”.
A linhagem “Tacoma”
(originando-se desde J.P Colby, Con Feeley, William J. Lightner, Joe Corvino e Howard Heinzl)
Como eu mesmo não poderia ter colocado em palavras melhores, segue abaixo um artigo encontrado no site RedBoy Amstaffs, que descreve a relação de Joe Corvino, Howard Heinzl e outros grandes criadores da raça American Pit Bull Terrier durante o surgimento da raça American Staffordshire Terrier.
No livro de H. Richard Pascoe (The Little Red Book) “The American Staffordshire Terrier” impresso em 1977, Joe Corvino menciona que existem cinco linhas principais na fundação do American Staffordshire Terrier. Tacoma, X-Pert, Ruffian, Crusader e “California” que não é realmente uma linha, mas uma combinação de linhas.
A linha Tacoma foi desenvolvida por Charles Doyle de Winamac, Indiana e Al Brown de Modesto, Califórnia, começando com o nascimento do Grand Champion Brown’s Tacoma Jack (9xw) em 1927. A linha Tacoma foi influenciada pelo sangue Corvino no início de sua história e era conhecida por sua coragem e capacidade de trabalho.
Usando Tacoma Jack e Brown’s Judy, Al Brown produziu vários cães excelentes. Vários deles, incluindo Tacoma Jack’s Replica (4xw), foram enviados a Charles Doyle. Usando Tacoma Jack’s Replica e outros cães Tacoma, Charles Doyle produziu uma longa linha de cães sadios com a infusão de Corvino’s Braddock (14xw) e Shorty.
Alguns dos melhores incluem o campeão Young Joe Braddock, o campeão Doyle’s Tacoma Disaster I, o campeão Doyle’s Tacoma Disaster II, o campeão American Kennel Council Kane Tacoma Blaze, o campeão American Kennel Council Tacoma All-A-Blaze e o campeão Tacoma Frivolous Sal, de propriedade de Howard e Janice Hadley, que ganhou a Especialidade Nacional em 1954. Posteriormente, os cruzamentos de Tacoma foram importantes em todas as outras linhas importantes do American Staffordshire Terrier.
A linhagem “Ruffian”
(originando-se desde os cães de J.P. Colby)
Propriedade do Sr. Harriman, CH The Ruffian (Deuce de Klump e Dina de Klump) nasceu em 1938 e foi criado por F.C. Klump de Plymouth, Michigan.
The Ruffian era um macho preto e branco (tigrado) que pesava 26.5KG, ele foi cruzado com Calamity Ann (Schroeder’s Jiggs e Kay) uma cadela do Sr. Harriman também.
Foi o cruzamento entre The Ruffian e Calamity que deu início ao legado da linhagem Ruffian, com dezenas de campeões ao longo dos anos. Em um ponto da história, o sangue Ruffian também foi influenciado pelo sangue da linhagem Crusader, de CH Knight Crusader.
A linhagem Ruffian também é conhecida por quebrar recordes em competições de arrasto de peso e outras modalidades semelhantes
A linhagem Ruffian teve uma grande influência na Califórnia com alguns cães como Mounthaven Tiara of Lylane, CH Ruffian Rudy from Har-Wyn (CH Indian Doc x Ch. Archer’ s Dare Devil’ s ambos cruzados por Dorothy Archer.)
Archer’s Debutante foi listado em 1951. Era de conhecimento geral entre alguns veteranos que Dorothy Archer levava seus cães para os shows enquanto o Sr. Archer (marido de Dorothy) os levava para o “Pit”.
Nem todos competiam no combate, mas eram cães ‘PR’ (Purple Ribbon) no UKC (United Kennel Club), sendo uma longa e honrosa peça da história da raça American Pit Bull Terrier.
A linhagem Archer consistia em um excelente plano de cruzamentos, combinando algumas das melhores linhagens de criadores envolvidos no surgimento da raça American Pit Bull Terrier, como J.P. Colby, William J. Lightner e Con Feeley, através dos cães de Bob Wallace, Jim Corcoran, Earl Tudor, Bob Hemphill, X-Pert, Ruffian e Savage Captain Bob (antigo cepa OFRN Castelli).
A linhagem “X-Pert”
(originando-se desde Earl Tudor, J.P. Colby, Con Feeley e os cães de William J. Lightner)
A linhagem X-Pert começou em 1930 por Clifford & Alberta Ormsby, que morava em Hornell, NY. A cadela da fundação da linhagem X-Pert foi Ormsby’s Madge, Clifford a comprou no Texas.
Ormsby’s Madge foi padreado por Bennet’s (Corrington’s) Mack, um cruzamento de sangue entre Smith e Tudor’s, a parte Tudor do pedigree de Bennet’s Mack era Tudor’s Jack II, padreado por GR CH Tudor’s Black Jack, sua mãe era Bennett’s Queen, uma linhagem de Hogan’s e Pitts’. A linhagem Hogan foi construída usando o sangue dos cães Henry através do criador Con Feeley e a linhagem Pitt foi formada principalmente por cães de J.P Colby, alguns dos criadores que foram a base da raça American Pit Bull Terrier.
O cão usado para representar a cepa X-Pert foi o X-Pert Torpedo (padreado por Van Vliet’s B Grenadier nascido de Van Vliet’s Great Labelle). Ele era um cachorro tigrado nascido em 1929, que foi comprado por Ormsby no Kansas. Torpedo foi o primeiro cão com o prefixo X-Pert. Ele era um linebreed nos cães Tudor, neto de famosos pit dogs como Price’s Butcher Boy bisneto de Tudor’s Supreme (companheiro de ninhada do famoso Tudor’s Black Jack Jr) e Tudor’s King.
Então, a fundação usada por Ormsby foi baseada no forte sangue de Tudor’s & Smith, que na verdade é a velha linhagem de Henry, cujas raízes remontavam ao Charlie Lloyd’s Pilot e à antiga cepa Gas House.
Em 1934, uma cadela chamada “X-Pert’s Black Queen” foi cruzada com “X-Pert’s Bassett Nigger”, que produziu uma ninhada muito boa, Clifford dizia que era a melhor até o momento. Desta criação veio “X-Pert’s Little Princess” uma cadela tigrada, ela foi cruzada em 1935 com “X-Pert’s Black Jack” (irmão de ninhada de Black Queen) dando à luz “X-Pert Black Shine” (um dos primeiros 50 Pit Bulls registrado no AKC em 1936).
Foi em 1935 que Clifford decidiu usar o sangue de J.P. Colby para a linhagem X-Pert, ele cruzou Ormsby ‘s Madge com um cão Colby puro, “Winde’s Pat Colby” (sangue de Pincher, Galtie e a antiga cepa Gas House), esta criação de Madge com Pat Colby deu 2 cadelas pretas, nomeadas “X-Pert Black Lady” e “X-Pert Black Dollie”.
De “X-Pert’s Black Shine” e “X-Pert Black Lady” vieram “X-Pert Black Ace” e “X-Pert’s Black Daisy”. Daisy foi vendida para o Coronel Schuhmann, um criador de pit bulls do Kentucky. O Coronel criou pit bulls desde 1890 e perdeu seu antigo estoque devido a uma enchente, decidindo iniciar um novo programa de criação com “X-Pert’s Black Daisy”. Mais tarde, Schuhmann se tornou o famoso criador da linhagem de X-Pert.
X-Pert’s Black Lady deu a luz ao CH Comstock’s (X-Pert’s) Pack-A-Wow A.K.A “Packy” nascido de X-Pert Tiger Pat, um cão muito inteligente e com drive. “Packy” ganhou uma Especialidade Nacional em 1942 e também foi um cão “Show and Go”, mais tarde tornou-se conhecido como pai de Pit Bulls game testados e aprovados nos Pits.
CH “Packy” pode ser encontrado em alguns pedigrees de cães Earl Tudor. Mais tarde ele foi cruzado com uma cadela chamada “Sandy Topsy”, que tinha sangue do Donovan’s x Baker. Esta criação produziu uma cadela negra chamada “Black Satan”. Earl Tudor tinha um cachorro chamado “Tudor’s Old Nigger”, filho de “Black Satan” e “Whitehurst’s Tanner” (neto dos conhecidos cães OFRN, Ferguson’s Centipede e Cyclone).
CH “Packy” também foi cruzado com X-Pert’s Jinny. Jinny era neta do Klump’s Garm II pelo lado do pai, e bisneta do famoso CH Tudor’s Ferguson’s Centipede 3xW e GR CH Billy Sunday 8xW pelo lado da mãe. X-Pert Jinny foi criada por Ed Martin, seu pai “Brindle Blighter” era irmão de ninhada de “Martin’s Tramp”, que também pode ser encontrado em pedigrees Ruffian.
O Sr. Oxley teve um macho de uma criação entre Black Satan e Whitehurst’s Tanner chamado “Oxley’s Black Pal”, ele também teve uma cadela da criação de Neblett, Oxley’s Black Lil (gerada por um cão do Sr. Adams de San Antion que tinha sangue fechado de Earl Tudor e William J. Lightner chamado “Adam’s Brindle Rat” nascido de “Patsy McCoy”). “Oxley’s Black Lil” foi cruzado com “Oxley’s Black Pal” e deu à luz “Oxley’s Joe”. “Tudor’s Red Mike” surgiu de “Tudor’s Cherry” e foi padreado por “Oxley’s Joe”.
Mais tarde, em 1958, Clifford cruzou uma cadela (campeã AST) chamada “X-Pert’s Topsy II” com “Daniel’s Ripper”, dando à luz um macho chamado “X-Pert’s Velvet Buck”, que mais tarde se tornou um cão 1xW nos “Pits”, ele venceu o cão de Al Offer em 1 hora e 17 minutos nas mãos de Theo Raborn.
Bem, Buck era um filhote bonito e um cachorro bonito. Você sabe, as pessoas chegam e dizem, eu acho que aquele ali é o melhor. Esse seria Buck.
— Clifford Ormsby
A origem das chamadas linhagens “modernas” na raça American Pit Bull Terrier e sua relação com os cães da cepa Old Family Red Nose
No final dos anos 50, um casal de criadores, Hugh Storm e Vera Storm (sobrinha de Earl Tudor ) trabalharam com algumas das melhores linhagens da época, como Hemphill, Heinzl, Colby, Tacoma e Archer, eles venderam (ou presentearam ) uma cadela com o nome de Topsey Turvey para um criador chamado Martin Vusich que a cruzou com um cão puro Hemphill nascido de Hemphill’s Geronimo x Hemphill’s Red Dixie (do conhecido criador OFRN Bob Hemphill) chamado Journey’s Red Cochise de propriedade de Joel L. Journeay, dando à luz uma cadela chamada Queen of Diamonds que foi enviada de volta para Vera Storm e também um macho chamado Martin Ceasar of Tufftown, vendido para Dic e Nancy Jones do Canil Tufftown que deu origem a várias linhagens que hoje são conhecidas como “modernas”.
“Queen of Diamonds” foi cruzada com Storms’ Nero dando à luz apenas um cachorro registrado no banco de dados online APBT, Storms’ Cheyenne, que foi cruzado uma vez com Storms’ Congo, um macho com forte gene Irlandês dos criadores Williams De Cordova e Castelli, desta criação nasceu um cão de combate com muito gameness chamado Storms’ Nikema, foi dito que ele era um OTC 3xW mas não há mais informações se ele foi cruzado ou o que aconteceu com ele. A segunda cruza de “Storms’ Cheyenne” foi com um padreador chamado White’s Dynamite, dando à luz uma cadela chamada Flores’ Dusty . “Dusty” é a mãe de O.G Loco’s (Storms’) Cheyenne II.
Storms’ Cheyenne II por O.G. Loco (O.G. Loco’s Yard — Old Family Reds)
Cheyenne’s Storm foi criado por Vera Storms. Vera tinha duas linhagens de cães de trabalho nas décadas de 60 e 70. Ela tinha os cães de combate Storms-Tudor e OFRNs que, segundo rumores, teriam sido dados a ela diretamente por Hemphill e Wilder. Naquela época, os estoques privados não eram vendidos, mas muitas vezes doados ou negociadQos para um pequeno grupo de amantes da raça… então era difícil para os recém-chegados conseguir gamedogs.
No início dos anos 90, eu tinha acabado de começar a criar pit bulls enquanto procurava um OFRN com game para cruzar com meu cachorro Magnum 44… O Magnum tinha sangue Wilder’s Red Satan e eu queria infundir mais sangue em meu programa de criação. Meus cães Magnum 44 eram cães rudes e resistentes… então foi difícil avaliar se eles eram cães com gameness. Em 1990, eu tinha ouvido lendas sobre cães “deadgame”, mas não tinha realmente visto nenhum.
Em 1992, fui comprar um filhote OFRN de um criador em Riverside, CA. Mas eu não queria esperar para criar uma cadela para procriar. Então perguntei ao criador se ele tinha alguma fêmea adulta à venda. Ele tinha uma cadela OFBA que ia me vender, mas desistiu. Então ele me ofereceu como presente Cheyenne… a mãe dos filhotes que ele estava vendendo. Cheyenne era um espécime com físico pobre de um pit bull (ou seja, magricela com quase 13 quilos, ossatura fina, sem cabeça ou músculo e um pouco esboçada). Mas nós nos unimos e passei a admirá-la.
Nessa época eu também tinha Neopolitan Mastiffs… os velhos cães de trabalho que pareciam e se moviam como Panteras. Eu ainda acho que esses velhos trabalhadores Neopolitan são alguns dos melhores cães de guarda que existem. Um amigo me deu um Neopolitan de combate de 54KG.
Um dia, eu estava trabalhando em minha Harley na garagem com Cheyenne sentada ao meu lado quando o Neopolitan se soltou e entrou pela porta dos fundos, agarrou Cheyenne e cravou os dentes profundamente em seu peito sacudindo-a violentamente, levando-a por toda a garagem. Comecei a entrar em pânico sabendo que este Neo de 54KG iria matar meu pit bull magricela de 13 quilos.
A próxima coisa que sei é que Cheyenne está sorrindo com a língua para fora, abanando o rabo e amando cada minuto como se estivesse apenas jogando bola. Ela não tinha habilidade, nem boca, nem defesa… apenas coração. Eu nem acho que ela mordeu o Neo. Ela parecia estar olhando para mim e dizendo: não pare com isso. Estou conseguindo exatamente o que quero e apenas esperava.
Passei a cruzar Cheyenne com Magnum 44 e ela produziu um dos pit bulls mais loucos que já tive… Guevara’s Coco. Por outro lado, Coco era um cachorro que me pediram para sentar em um show da ADBA porque o juiz e os treinadores pensaram que ele era muito agressivo e iria se soltar e matar tudo no ringue.
No entanto, dei Cheyenne a outro criador amigo meu que mais tarde me disse que ela foi morta em um acidente de canil pelo macho reprodutor. Eu sempre me culpo por dar Cheyenne e não por reproduzi-la… Eu devia a ela mais do que isso. Eu nunca esquecerei a coragem de Cheyenne naquele dia… ela era uma guerreira e uma representante do jogo da cepa OFRN.
Abaixo, uma menção a Vera Storm que mostra que ela realmente procurou cães Old Family para compor seu trabalho, escrita pelo grande criador Old Family L. Ringor, um dos fundadores da OFBA (Old Family Breeders Association) e que continua até hoje trabalhando em prol da preservação da linhagem da Velha Família Irlandesa.
Quando Dan Hanna fundou o OFBA em 1978… ele manteve Satan, dois filhos dele e Red Lady, o resto foi vendido para Hiroshi Ishikawa, Green, Lloyd e Vera Storm, todas essas pessoas anunciaram durante os anos de 1977–1985.
Criadores e entusiastas da raça discutem se esses cães eram ou não Pit Bull, porém, não podemos associar o American Staffordshire Terrier de hoje aos cães da época, que possuíam um parentesco próximo e uma seleção feita com cães oriundos de ambos os lados “Show and Go”, portanto os ditos “modernos” eram APBT e não AST, assim como as linhagens que se originaram á partir deste sangue, como Tufftown, Camarano, Lar-San, Willrox, Amber-Lite, Castillo, Caragan, Reynoso e outros.
Após os anos 2000, com a popularização da internet e o fácil acesso a conteúdos educacionais e informações sobre os criadores dos velhos tempos e seus padrões para a raça, os criadores dessas linhas de sangue “modernas” que antes eram apenas “cães de exposição”, viram a necessidade de buscar a preservação do drive em seus cães, que hoje são utilizados em eventos como o ADBA “Top Dog”, “Pit gameness” Brasileiro e “Pit desporto” em alguns países da América Latina, através de competições de agilidade, arrasto de peso, salto em distância e escalada em partes, todas competições de resistência física, até mesmo usando como cães de trabalho para a caça de porcos selvagens.
*Observe, o American Staffordshire Terrier uma vez chamado apenas de “Staffordshire Terrier” não é a mesma raça que o Staffordshire Bull Terrier.
Um agradecimento especial a L. Ringor e O.G. Loco’s Yard — Old Family Reds, que me ajudaram a verificar alguns fatos neste artigo.
Espero que tenham gostado deste artigo, meu objetivo é fomentar o estudo e a pesquisa do American Pit Bull Terrier, fique à vontade para entrar em contato comigo, podemos aprender e descobrir novos pedaços da história juntos.
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*Todas as imagens e informações usadas neste artigo são de minha pesquisa nos arquivos de APBT Online-Pedigrees, Pedigree.gamedogs, Pinterest, XPertDogs.com e da coleção de revistas “The Dog Fancier” da biblioteca da Universidade de Michigan, Digitalizado pelo Google e de fontes devidamente descritas ao longo do artigo.
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